Carl G. Jung
Carl Gustav Jung
Nascimento: 26 de julho de 1875, Kesswil, Turgóvia
Morte: 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em Küsnacht, Zurique
Nacionalidade: Suíça
Ocupação: Psiquiatra
Idéias notáveis: Inconsciente coletivo, individuação, arquétipos
Conhecido por: fundar a Psicologia Analítica
Jung desenvolveu sua teoria observando o seu próprio universo interior, o qual ele expressa claramente em sua autobiografia “Memórias, Sonhos e Reflexões” (1963). Profundamente interessado em Mitologia, Psicologia e Religião, Jung questionava os dogmas protestantes, e consequentemente entrava em conflito com seu pai, um pastor fervoroso, cuja fé incondicional o filho não compreendia. Este fato motivá-lo-ia a se aprofundar nos estudos religiosos e a tentar aliar religião e ciência, o que culminou na sua formação em Psiquiatria, a qual unia a natureza (ciência) e a alma (psique).
Durante a sua mocidade, interessou-se igualmente por Literatura e Filosofia, especialmente pelas obras de Pitágoras, Empédocles, Heráclito, Platão, Kant, Goethe, e Schopenhauer.
Primeiros estudos
Em 1900, Jung foi trabalhar na Clínica Psiquiátrica Burgholzli, em Zurique, dirigida pelo psiquiatra Eugen Bleuler, famoso por suas idéias e compreensão da esquizofrenia.
Ali Jung desenvolveu estudos e pesquisa sobre a associação de palavras para obter o diagnóstico psiquiátrico. Na época, Jung já tratava seus pacientes como seres únicos e não via a patologia de maneira isolada, portanto acreditava que o processo de cada paciente também seria único, não existindo uma receita de tratamento para cada doença.
Encontro com Sigmund Freud
Após um período estudando com Pierre Janet, em Paris, em 1902, retomou seu trabalho no hospital de Burgholzi, onde, em 1904, montou um laboratório experimental em que implementou o seu célebre teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico.
Seus intensos estudos, aliados a sua natural curiosidade e sede insaciável por conhecimento, levaram-no até a obra de Sigmund Freud (1856-1939), com o qual Jung entrou em ressonância, ao se dar conta de que partilhavam algumas idéias e teorias. Assim, iniciou com Freud uma fértil e longa correspondência (estendendo-se de 1906 a 1913 e posteriormente publicada), que resultou em ampla colaboração e troca de conceitos fundamentais para a evolução da concepção de inconsciente e consequente tratamento de psicopatias.
Seu primeiro encontro, em 27 de fevereiro de 1907, durou 13 horas e deu início a um relacionamento de aproximadamente 7 anos, rico em troca de confidências, análise de sonhos e dicussão de casos clínicos.
Porém, tamanha identidade de pensamentos não resistiu a algumas diferenças fundamentais. Jung jamais conseguiu aceitar a insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de natureza sexual, e Freud não reconhecia como verdadeira a idéia de que o inconsciente é uma instância maior, cujos objetivos vão muito além de somente guardar o material reprimido, traumas e o que não interessa mais para o indivíduo. Assim, o desgaste da amizade foi inevitável, assim como sua ruptura.
Confronto com o inconsciente
Jung sofreu muito com a separação, como ele mesmo afirma: “Depois da ruptura com Freud, começou para mim um período de incerteza interior, e mais que isso, de desorientação” (JUNG, 1963, p.152). A partir de então, os inúmeros sonhos e imagens que lhe acudiam à mente renderam um rico material a ser integrado que, segundo suas palavras, se não fosse elaborado, lhe traria um sério risco de sucumbir a uma psicose. Porém, sua força de vida e sabedoria o motivavam a tentar buscar e compreender todo aquele material que aflorava, proveniente do seu inconsciente: “Os anos durante os quais me detive nessas imagens interiores constituíram a época mais importante da minha vida e neles todas as coisas essenciais se decidiram. (…) Toda a minha atividade ulterior consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente naqueles anos e que inicialmente me inundara: era a matéria-prima para a obra de uma vida inteira”. JUNG, 1963, p.176.
Foi durante toda esta fase da sua vida que Jung travou o confronto com o seu inconsciente, através da interação da sua consciência com os diversos personagens que surgiram por meio de sonhos, fantasias e imaginação, vivenciando o desenvolvimento do enredo que estas formas inconscientes propunham. A este processo Jung chamou “Imaginação ativa”, um método para que o indivíduo compreenda seu inconscientee com ele interaja, de modo a transformá-lo e por ele ser transformado.
Últimos dias
Carl Gustav Jung faleceu no dia 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, a qual ficava nas margens do lago de Zurique, em Küsnacht. Teve uma vida altamente produtiva, que trouxe contribuições para a Psicologia, Medicina, Antropologia, Sociologia, Arte, Literatura e Mitologia.
Definiu sua vida da seguinte maneira: “Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou. Tudo o que nele repousa aspira a tornar-se acontecimento, e a personalidade, por seu lado, quer evoluir a partir de suas condições inconscientes e experimentar-se como totalidade”. JUNG, 1963, p.19.
A Psicologia Analítica
Jung desenvolveu um sistema teórico que nomeou primeiramente como “Psicologia dos complexos”, e mais tarde chamou de “Psicologia Analítica”, cujo cerne se reporta às diversas maneiras como o inconsciente se expressa, isto é, aos sonhos, à imaginação e a desenhos. Segundo sua teoria, o inconsciente subdivide-se em pessoal e coletivo, sendo aquele formado por material reprimido e complexos, e este constituído por material arquetípico comum a toda a humanidade.
Para saber mais acesse o link Psicologia Analítica.
Bibliografia:
JUNG, C. G. , “Memórias, sonhos , reflexões”, Ed. Nova Fronteira, RJ, 1963.
Wikipedia http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Gustav_Jung em 12/07/10
psicologia.org http://www.psicologia.org.br em 10/07/2010
Biografia Cronológica
- 1875: Carl Gustav Jung nasceu no dia 26 de julho na Suiça, em Kesswil – Cantão de Thurgau, filho de um pastor da Igreja Reformada Suíça – Johann Paul Achilles Jung (1842 – 1896) e de Emile Preiswerk (1848 – 1923) ;
- 1879: Mudança da família para Klein-Hunigen, perto da Basiléia, cidade na qual Jung cursou o ginásio;
- 1884: Nascimento de sua única irmã, Gertrude.
- 1895 – 1900: Estuda medicina na Universidade da Basiléia. Em 1896 falece seu pai.
- 1900: É assistente de Eugen Bleuler, médico-chefe do Burghölzli (hospital psiquiátrico), em Zurique;
- 1902: Tese de doutoramento: “Sobre a psicologia e a patologia dos fenômenos ditos ocultos”;
- 1902/1903: Estuda com Pierre Janet, na Salpêtrière;
-
1903: Casa-se com Emma Rauschenbach, com quem teve quatro filhas e um filho;
- 1904/1905: Organiza o laboratório de psicologia experimental. Publica a primeira parte dos “Estudos com Associação de Palavras”;
- 1905 – 1909: Chefe de clínica no Burghölzli;
- 1905 – 1913: Professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina de Zurique; aulas de psicologia e psiconeuroses;
- 1906: Início da correspondência Freud – Jung;
- 1907: Publicação de:”Psicologia da Demência Precoce”; primeiro encontro com Freud em Viena. Primeiro Congresso Internacional de Psiquiatria e Neurologia em Berlim. Jung apresenta “A Teoria Freudiana da Histeria”;
- 1908: I Congresso Internacional de Psicanálise em Salzburg;
- 1909: Abertura de clínica particular. Viaja aos Estados Unidos com Freud, ambos convidados pela Universidade Clark, Massachusetts. Redator chefe do Jahrbuch für Psychoanalytische und Psychopathologische Forschungen, fundado por Freud e Bleuer;
- 1910: Segundo congresso Internacional de Psicanálise;
- 1910: Fundação da Associação Psicanalítica Internacional, da qual Jung é o Primeiro presidente até 1913.
- 1911: Terceiro congresso Internacional de Psicanálise em Weimar. Escreve a primeira parte de “Metamorfoses e Símbolos da libido”. Conhece Toni Wolff.
- 1912: Profere nove conferências na Universidade Fordham em Nova Iorque: “Tentativa de Apresentação da Teoria Psicanalítica”. Envia a Freud a segunda parte de “Metamorfoses e Símbolos da Libido”. Em dezembro, ruptura das relações pessoais com Freud;
- 1913:Quarto Congresso Internacional de Psicanálise em Munique. Jung dá o nome à sua psicologia de “Psicologia Analítica” referindo-se ao resultado de seus estudos e ao método de análise deles decorrente; demissão de seu posto de ensino na Universidade de Zurique e do cargo de redator chefe da Jahrbuch.;
- 1914: Conferências em Londres e Aberdeen; é mobilizado para o serviço de saúde. Deixa a presidência da Associação Psicanalítica Internacional;
- 1912 / 1919: Confronto com seu próprio inconsciente;
- 1916: Escreve “Sete Sermões aos Mortos” e “A Função Transcendente”; estudo sobre os gnósticos e “Aspectos Gerais da Psicologia dos Sonhos”;
- 1917: Escreve “Psicologia do Inconsciente”;
- 1918/ 1926: Estuda o Gnosticismo;
- 1919: Escreve “Instinto e Inconsciente”;
- 1918 – 1919: Jung é nomeado comandante do campo de internação de Soldados ingleses; começa a pintar mandalas; Comandante do campo de internação de Soldados ingleses; pintura de mandalas;
- 1921: Escreve “Tipos Psicológicos”;
- 1923: Jung constrói uma torre a torre perto do lago de Zurique; Jung trava amizade com Richard Wilhelm (tradutor do “I Ching – O Livro Das Mutações”);
- 1924 – 1925: Visita aos índios Pueblo do Novo México (EUA);
- 1925 – 1926: Expedição a Uganda, ao Quênia, às margens do Nilo; visita aos Elgonyi, no Monte Elgon;
- 1928: Escreve: “O Eu e o Inconsciente” e “A energia Psíquica”. Richard Wilhelm envia a jung um manuscrito de um tratado alquimista taoísta, “O Segredo da flor de Ouro”;
- 1929: Comentários a respeito da obra “O Segredo da Flor de Ouro”, de Richard Wilhelm;
- 1930: Assume a vice-presidência da Sociedade Médica Geral Internacional para Psicoterapia, cujo presidente é E. Kretschmer. Primeiro encontro entre Jung e W. Pauli;
- 1932: Prêmio de literatura da cidade de Zurique. Início da correspondência com W. Pauli;
- 1933: Viagem ao Egito e à Palestina. Primeira conferência Eranos de Jung em Ascona, Suíça: “Estudo Empírico do Processo de Individuação”;
- 1933/1939: Eleito Presidente da Sociedade Médica Geral para Psicoterapia;
- 1934: Começa o estudo sistemático de alquimia;
- 1935: Conferência no Instituto Tawistock em Londres: “Fundamentos de Psicologia Analítica”;
- 1936: Doutor “honoris causa”, em Harvard (Massachussets). Escreve o ensaio “Wotan”;
- 1937: Conferência sobre Psicologia e religião na Universidade de Yale, EUA;
- 1938: Viagem à Índia, a convite do governo britânico; nomeado presidente do Congresso Internacional de Psicoterapia, em Oxford; membro da Real Sociedade de Medicina;
- 1940: Publicação de “Psicologia e Religião”;
- 1944: Nomeação para a cátedra de Psicologia da Faculdade de Medicina de Basiléia; escreve “Psicologia e Alquimia”;
- 1945: Doutor “honoris causa” da Universidade de Genebra;
- 1946: Escreve os ensaios “Sobre a Natureza da Psique”, “Psicologia da Transferência” e “Psicologia e Educação”;
- 1948: Inauguração do Instituto C. G. Jung, em Zurique;
- 1951: Publicação de: “Aion”;
- 1952: Escreve “Sincronicidade” e “Resposta a Jó”; revisa “Metamorfoses e Símbolos da Libido”republicando com o título “Dímbolos de Transformaçào”;
- 1955: Morte de sua esposa Emma Jung, em 27 de novembro;
- 1955 – 1956: Escreve “Mysterium Conjunctionis”;
- 1957: Começo da redação de “Memórias, Sonhos e Reflexões”, com Aniela Jaffé; entrevista na TV para a BBC de Londres com John Freedman;
- 1958: Escreve “Um Mito Moderno”;
- 1961: Termina, dez dias antes de morrer, o “Ensaio de Exploração do Inconsciente”, para o livro “O Homem e Seus Símbolos”. Falece no dia 6 de junho em sua casa em Küsnacht.
Bibliografia:
Fonte: http://wikipedia.org/wiki/carl_gustav_jung, 12/07/10
CAVALCANTI, T. R. de A.; Folha explica Jung; PubliFolha, SP, 2009.
DEIRDRE, B.; Jung: Uma Biografia; Globo, SP, 2006.
Fotos de paisagens e lugares onde Jung morava, trabalhava, refletia e relaxava:
Acredito que existe uma forte relação entre as pessoas e os ambientes e paisagens em que estão inseridos, onde vivem, trabalham e descansam durante sua vida. Nas fotos que seguem pretendo transmitir a oportunidade que tive de ver e de sentir alguns ambientes em que Jung viveu e desenvolveu muitos de seus “sonhos, memórias e reflexões”, entre o Lago Küsnacht, a floresta Negra e as montanhas dos Alpes. Ali nasceu, viveu e morreu, nesse lugar isolado, terra de muitas línguas, de difícil acesso, devido a sua geografia, e ao mesmo tempo próxima de muitos países como a Alemanha a Norte, a França a Oeste, a Itália a Sul e com a Áustria e Liechtenstein a Leste;.a bela Suíça, com paisagens de contos de fadas, que nos convidam a uma viagem interior.
Este país foi o cenário que circundou todo o desenvolvimento da terapia Junguiana.
Segundo Nise da Silveira, “Jung era um homem alto, bem construído, robusto. Tinha um vivo sentimento da natureza. Amava todos os animais de sangue quente e sentia-se com eles ‘estreitamente afim’. Amava as escaladas das montanhas, porém preferia velejar sobre o lago de Zurique. Possuía seu barco próprio. Na mocidade passava às vezes vários dias velejando em companhia de amigos, que se revezavam no leme e na leitura em alta voz da Odisséia. Também velejava sozinho, atividade que manteve até uma idade bastante avançada.” (SILVEIRA, 1978: 16).
FOTOS:
Cidade de Küsnacht
Casa de Jung em Küsnacht, próxima ao Instituto Jung, onde também mantinha seu consultório. A cidade de Küsnacht fica próxima de Zurique.
Sobre a porta de entrada da casa há uma frase esculpida em latim: “VOCATUS ATQUE NON VOCATUS DEUS ADERIT” – “Invocado ou não Deus está presente”.
Aniela Jaffe diz: “É a resposta que o Oráculo de Delfos deu para Lacedemonians quando eles estavam planejando uma guerra contra Atenas” (1979: 136).
Em uma carta de 19 de novembro de 1960, Jung explica a inscrição: “A propósito, você busca o oráculo enigmático em Delfos em vão – Vocatus atque non vocatus deus aderit : ele está cortado em pedra em cima da porta de minha casa em Küsnacht perto de Zurique e caso contrário pode achar na coleção de Erasmus de Adagia (Século XVI.). [Jung tinha adquirido uma cópia da edição de 1563 do adagiorum de Collectaneas de Erasmus, uma compilação de analects de autores clássicos, quando ele tinha 19 anos.] é entretanto do oráculo de Delfos. que Diz: sim, o deus estará naquele mesmo lugar, mas em que forma e para que propósito? “Eu coloquei a inscrição lá para meus pacientes se lembrarem: Timor dei initium sapiente – “O temor a Deus é o começo da sabedoria”. Aqui o caminho se inicia, não pela aproximação de uma religião específica e sim em direção a Deus.(1975: 611)
Oráculo de Delfos: Durante mais de 15 séculos, do nascimento ao fim da cultura grega antiga, o Oráculo de Delfos, ou templo de Apolo, serviu como local onde os peregrinos vindos de muitos locais consultavam as pitonisas, as sacerdotisas oraculares, para saber qual o seu destino, da sua família ou da sua pátria. Delfos tornou-se um dos lugares sagrados mais venerados pelos gregos, sendo que suas previsões e predições tiveram enorme repercussão nos destinos de reis, de tiranos e de muitas pessoas daquele tempo. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2003/08/29/001.htm
Caminho pra o Instituto Jung, em Küsnacht
Foto do Instituto Jung, em Küsnacht
Os fundos do Instituto abrem-se para o lago de Küsnacht
Vista da casa e do Instituto Jung – Lago de Küsnacht
Jardim do Instituto, durante o inverno.
Parque em Küsnacht, próximo ao instituto e à beira do lago.
Torre de Bollingen – Jung construiu este refúgio entre 1923 e 1955, em Bollingen, um pequeno povoado próximo de Rapperswil, no cantão de Sankt Gallen, ao norte do lago de Zurique. Fê-lo com suas próprias mãos, vagarosamente e com muito amor, trabalhando como artesão e pedreiro. Ali, tudo tinha um significado muito especial: “Eu estou no meio de minha verdadeira vida, onde sou profundamente eu mesmo”.
Jung passava vários meses do ano em Bollingen, onde desenvolveu a maior parte de seus escritos, esculturas e pinturas.
Em sua casa de Bollingen não havia água encanada, nem eletricidade. A água vinha de um poço com bomba manual, e Jung cortava a lenha para a lareira, calefação e para o forno da cozinha, onde ele que preparava suas refeições.
A torre tem uma bela vista do lago e das montanhas
Jung esculpiu muitas imagens e escritos nas paredes de Bollingen.
Ao lado vemos a imagem do trickster com a face risonha. O trickster é a designação alquímica para mercúrio no aspecto volátil o qual ilude o intelecto. O malandro arrelia e aborrece o homem com brincadeiras e jogos enigmáticos. O trickster é o arquétipo capaz de trazer a transformação para a personalidade da pessoa por seu aspecto brincalhão, provocador, licencioso, irreverente, ele quebra a falsa moral, descortinando que precisa realmente ser mostrado, ele quebra a persona para que esta não se cristalize e denuncia o que não está conectado ao Si-mesmo para haver uma depuração. O trickster representa Eros conectado ao Logus por sua inteligência, humor e sabedoria representando aspectos do Si-mesmo.
Figuras em relevo esculpidas por Jung, do lado esquerdo uma ursa movendo uma bola, símbolo da força selvagem e da energia de Ártemis. Há uma inscrição no centro que diz: “Exoriatur lúmen quod gestavi in alvo” “Que a luz a qual eu trouxe em meu corpo possa vir à tona”. Do lado direito uma mulher primitiva tira o leite de uma égua. Jung diz que essa mulher é sua Anima disfarçada de uma ancestral milenar. De acordo com Jung esta imagem antecipa a era de aquarius, a qual está de baixo da constelação de Pegasus (cavalo alado na mitologia grega).
Na última inscrição diz: “Pegasus salta consagrando a água” aqui Jung faz uma alusão a palavra Pegasus que quer dizer literalmente cavalo de fonte.
Pedra com inscrição em grego, com um homúnculo no centro. As primeiras palavras que Jung esculpiu foram: “Here stands the mean uncomely stone, this very cheap in price. The more it is despiced by fools, the more loved by the wise” (Aqui se ergue a insignificante e deselegante pedra, de baixo valor. Quanto mais é desprezada pelos tolos, mais é prezada pelos sábios.)
Bibliografia
SILVEIRA, Nise da. Jung: Vida e Obra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Jaffe, A. (1979) C.G. Jung: Word and Image, Princeton, NJ: Princeton University Press.
Jung, C.G. (1975) Letters: 1951-1961, ed. G. Adler, A. Jaffe, and R.F.C. Hull, Princeton, NJ: Princeton University Press, vol. 2.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2003/08/29/001.htm em 17/08/2010
http://www.jungnewyork.com em 17/08/2010
Obras completas de C. G. Jung
(Editora Vozes)
- I – Estudos Psiquiátricos
- II – Estudos Experimentais
- III – Psicogênese das Doenças Mentais
- IV – Freud e a Psicanálise
- V – Símbolos de Transformação
- VI – Tipos Psicológicos
- VII/1 – Psicologia do Inconsciente
- VII/2 – O Eu e o Inconsciente
- VIII/1 – A Energia Psíquica
- VIII/2 – A Natureza da Psique
- IX/1 – Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo
- IX/ 2 – Aion – Estudos Sobre o Simbolismo do Si-Mesmo
- X/1 – Presente e Futuro
- X/2 – Aspectos do Drama Contemporâneo
- X/3 – Civilização em Transição
- X/4 – Um Mito Moderno
- XI/1 – Psicologia e Religião
- XI/2 – Interpretação Psicológica do Dogma da Trindade
- XI/3 – O Símbolo da Transformação na Missa
- XI/4 – Resposta a Jó
- XI/5 – Psicologia e Religião Oriental
- X/XI – Escrito Diversos
- XII – Psicologia e Alquimia
- XIII – Estudos Alquímicos
- XIV/1 – Mysterium Coniunctionis
- XIV/2 – Mysterium Coniunctionis
- XV – O Espírito na Arte e na Ciência
- XVI/1 – A Prática da Psicoterapia
- XVI/2 – Ab-Reação, Análise dos Sonhos, Transferência
- XVII – O Desenvolvimento da Personalidade
- XVIII/1 – A Vida Simbólica
- XVIII/2 – A Vida Simbólica
Outros Títulos de Jung em Português:
- William McGuire e R. F. C. Hull (orgs.), C. G. Jung: Entrevistas e Encontros. São Paulo: Cultrix, 1982.
- C. G. Jung, Memórias, Sonhos, Reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
- C. G. Jung “Aproximação ao Inconsciente” em: C. G. Jung (org.), O Homem e Seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
Títulos Não Disponíveis em Português:
- The zofingia. London: Routledgr & Kegan Paul, 1983.
- Vision Seminars. Dallas: Spring Publications, 1983.
- Seminars on Dream Analysis. New Jersey. Princeton University Press, 1984.
- Nietzsche’s Zarathustra. Notes of the Seminar Given in 1934-1939. New Jersey: Princeton University Press, 1988.
- Jung’s Seminars on Nietzsche’s Zarathustra. Abridged. New Jersey: Princeton University Press, 1997.
- Analytical Psychology. Notes of the Seminar Given in 1925. New Jersey: Princeton University Press, 1989.
- Psychology of Kundalini Yoga. Notes of the Seminar Given in 1932. London: Routledge & Kegan Paul, 1996.
- Children’s Dreams. Notes from the Seminars Given in 1936-1940 by C. G. Jung. New Jersey: Princeton University Press, no prelo (previsto para 2008).
Fonte: http://pt.wikipedia.org em 12/07/10.
CAVALCANTI, T. R. de A.; Folha explica Jung; PubliFolha, SP, 2009.
Vídeos
No youtube é possível encontrar vários vídeos interessantes sobre o Jung e em alguns com ele próprio falando.
http://www.youtube.com/watch?v=kgrnIBgOQKM
http://www.youtube.com/watch?v=fKed6sp3mD4
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0-hp5s9A-4k
http://www.youtube.com/watch?v=hT_506q741k&feature=related