Perguntas Frequentes

PERGUNTAS PSICOTERAPIA – CINESIOLOGIA – SANDPLAY/ JOGO DE AREIA

PERGUNTAS SOBRE PSICOTERAPIA

R: Em inúmeras situações e com variados objetivos, alguns dos quais relatados abaixo:

  1. Para gerar autoconhecimento.
  2. Quando existem dificuldades de relacionamento.
  3. Na resolução de questões profissionais.
  4. Quando há necessidade de se receber orientação vocacional.
  5. Em situações de crise em algum aspecto da vida pessoal: casamento, profissão, filhos, perdas.
  6. Para melhor se enfrentar etapas difíceis da vida, como a adolescência, a menopausa, o envelhecimento.
  7. Ao se desenvolverem os seguintes sintomas psíquicos: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobias, compulsões.
  8. Para a abordagem de questões referentes à sexualidade.
  9. Em casos de distúrbios alimentares: bulimia, anorexia, obesidade, compulsividade alimentar, transtorno alimentar noturno.
  10. Em casos de dependência química.
  11. Para tratamento de traumas psicológicos.
  12. Para tratamento de doenças psicossomáticas e físicas.


R: Não existe um tempo definido. A psicologia Analítica é uma linha terapêutica que acessa níveis bastante profundos da psique do paciente, porém isso depende do nível de consciência em que cada paciente se encontra, de quanto está aberto e motivado para o processo e para sofrer transformações, e ainda do objetivo que o trouxe para a análise. Há ainda que se levar em conta se, sendo esse objetivo atingido, existe o desejo de abordar eventuais novas questões que podem surgir ao longo do processo de análise.

R: A partir do momento em que ela já é capaz de interagir com o outro e de brincar. Não há uma idade pré-estabelecida, mas em geral a partir dos 4 anos já é perfeitamente possível uma criança começar um processo analítico.

R: Acho que sim. Eu diria que estamos vivendo a “fase da Psicologia”. Acho que as pessoas estão muito mais abertas, compreendendo que a Psicologia não é só para quem tem uma patologia psiquiátrica, mas abrange muito mais do que isto. Hoje temos a Psicologia inserida em hospitais, empresas, escolas, propaganda, além de outras áreas, não se limitando mais só ao consultório.

R: Os sonhos estão sempre a serviço do inconsciente, da essência de cada pessoa.
O analista Junguiano procura trabalhar com os sonhos da maneira proposta por Jung.
Primeiramente pedimos ao analisando que anote os seus sonhos assim que acordar, pois este material, sendo inconsciente, para sua origem logo retorna se não for imediatamente examinado ou registrado. Para esse fim é-lhe solicitado que mantenha um caderno só para a anotação dos sonhos, uma espécie de “diário do seu inconsciente”.
Embora não exista a obrigatoriedade de se abordarem sonhos em todas as sessões, o analisando deve estar ciente de que eles são importantes indicadores do caminho a seguir na análise, funcionando como mensageiros de nossa essência, do Si-mesmo, e não do “eu”.
Existem os “Grandes Sonhos”, aqueles cujo conteúdo é arquetípico, mitológico, que são posteriormente divididos pelo próprio inconsciente em sonhos menores, mais facilmente assimiláveis pela consciência.
Os sonhos podem trazer para a consciência a compensação de algo muito conflitante para o indivíduo, podem complementar algo que está faltando para a consciência, podem coincidir com a atitude consciente, podem ainda ser prospectivos, fornecendo um conteúdo a respeito do qual a consciência não possui opinião.
A primeira atitude do analista deve ser ouvir o sonho do paciente, prestando primeiramente atenção a sua estrutura dramática: o cenário do sonho, a forma como ele se desenvolve, a crise que propõe e a sua solução. Nem todos estes elementos estão necessariamente presentes, o que torna o trabalho de interpretação do analista mais difícil. Neste caso, devem ser solicitadas ao analisando associações com os símbolos presentes no sonho, isto é, sua “leitura” dos elementos nele presentes. Neste ponto faz-se necessário frisar a natureza inesgotável de um sonho, ou símbolo, fato a respeito do qual o terapeuta tem de estar ciente.
As associações feitas pelo paciente referem-se àquele momento específico da sua vida. Porém, se houver recorrência de um sonho, outras associações poderão ser feitas a seus símbolos, dependendo das circunstâncias e da problemática a ser tratada no momento. Após colher as associações do paciente, o analista pode fazer uma ampliação dos símbolos utilizando a mitologia, os contos de fadas, particularidades de cunho religioso e cultural e outros conhecimentos, inserindo assim o sonho no universo coletivo, pertencente a toda a humanidade, o que em geral traz uma sensação de acolhimento e de pertencimento ao paciente. Em seguida, o analista ajuda o paciente a perceber qual é o sentido que tudo aquilo traz para a sua vida, ajudando-o a enraizar o sonho em sua vida e a absorver o conhecimento que veio diretamente da fonte, do inconsciente. É um processo bastante rico, profundo e indiscutivelmente belo.

PERGUNTAS SOBRE CINESIOLOGIA

R: Pode ser utilizado tanto em grupo como individualmente.
No trabalho individual, o paciente recebe toda a atenção do terapeuta, visando tudo o que lhe é proposto objetivamente a problemas que lhe são intrínsecos. Em alguns casos pode haver uma maior necessidade de atenção individualizada por parte do analista. Porém, o trabalho em grupo possibilita, além do desenvolvimento da consciência e uma maior percepção de si e do próprio corpo, uma maior integração do indivíduo com outras pessoas, além da troca de emoções, vivências e sentimentos, o que é muito rico no grupo, promovendo em cada indivíduo participante uma revisão de seus valores culturais, familiares e pessoais.


R: Uma analogia com um computador permite uma visão esclarecedora desta questão: o processador é a parte pensante; o disco rígido, a memória; a impressora tem por função colocar no papel as informações. No ser humano, a psique constitui-se na parte pensante e na memória, sendo o corpo a impressora, onde são revelados nossos pensamentos, emoções e vivências.
Jung já afirmava que nosso corpo guarda muitas informações valiosas, impregnadas de afeto.
Pethö Sandor desenvolveu o método da Calatonia e dos toques sutis feitos na pele, observando que, ao serem tocadas em determinados locais que carregam tensões crônicas, muitas vezes as pessoas relatam o surgimento de imagens que, quando reveladas, tornam-se parte da consciência, o que promove um desbloqueio físico e psíquico, devido à liberação da energia que estava ali aprisionada, fato comprovante de que corpo e psique estão totalmente relacionados.

R: É verdade, pois as vivências corporais de movimento, relaxamento, auto-massagem e exploração dos cinco sentidos contribuem para o autoconhecimento tanto corporal como psíquico e, consequentemente, facilitam o desenvolvimento de uma aprendizagem saudável, visto que facilitam a reorganização do mundo psíquico, ou seja, das emoções e pensamentos, aguçam a curiosidade, despertam a criatividade, melhoram a atenção e a capacidade de focalizar melhor as questões, assim promovendo a consciência de potencialidades anteriormente desconhecidas.

R: Sem dúvida, pois o trabalho corporal permite à criança ter a percepção de si própria, de seu corpo, de suas dificuldades e potenciais, assim como a consciência do ambiente, do espaço, da relação com o outro e, consequentemente, do seu ritmo. Além do mais, o trabalho corporal traz acolhimento, afeto, o reconhecimento de limites, primeiramente do próprio corpo, o que irá se expressar posteriormente no meio em que a criança está inserida. Todas essas vivências, tanto de movimentos, como dos toques, geram na criança um maior senso de sua individualidade, ou seja, uma ampliação de consciência, o que contribui significativamente para a melhora da hiperatividade.

PERGUNTAS SOBRE SANDPLAY/JOGO DE AREIA

R: Existem, sim, medidas padrão: 72 cm X 57 cm X 7cm. Convencionadas por caberem no campo visual da pessoa, para que ela possa ver todo o cenário sem precisar virar a cabeça.

R: Procuramos ter várias categorias de miniaturas, no mínimo 10 para começar a trabalhar, referentes a: temas religiosos; seres mitológicos ou de fantasia; meios de transporte; elementos do reino vegetal; animais selvagens, domesticáveis, marinhos, pré-históricos; pessoas; utensílios; elementos de arquitetura e domésticos; sucata; alimentos e bebidas.
R: Porque a areia usada como material de construção é em geral suja. Além disso, o mar e o deserto simbolizam o inconsciente, por tal possuindo conteúdo arquetípico.

R: Sim, a escolha é do paciente.

R: É diferente usar areia seca ou molhada. A areia molhada representa conteúdos emocionais e inconscientes mais profundos. Ao receber pouca água, a areia fica mais modelável, porém, se for encharcada, perde essa característica e pode representar uma regressão psíquica, o caos. É fundamental observar, no entanto, que um símbolo não pode ser drasticamente reduzido, havendo sempre a necessidade de observar seu significado em cada contexto.

R: Sim, e essa resistência deve ser respeitada, pois deve haver um motivo para o paciente assumir a postura de rejeição. Posto que a metodologia mexe com conteúdos bastante profundos da psique, esta atitude pode ser um indício de que ao indivíduo tem dificuldade de se soltar, de entrar em contato com o lúdico, com a criança interior; pode também ter a ver com um complexo materno negativo e bastante primitivo na psique da pessoa, mas de novo cada caso é único e nunca podemos generalizar e reduzir o paciente a uma interpretação.

R: Claro, isso faz parte do processo de qualquer pessoa e é muito bom que ela encontre um espaço de acolhimento livre e protegido em que possa expressar, vivenciar e partilhar com o terapeuta suas vivências e emoções, pois este é um meio de conseguir reorganizá-las e elaborá-las.

R: É um trabalho que encontra maior aceitação por parte das crianças. Alguns adultos não demonstram qualquer resistência, mas outros rejeitam o método, conforme já mencionado, pois acham que se trata de um método infantil, ou temem revelar-se demasiadamente na construção do cenário. Não se deve forçar ninguém, quando existe esta dificuldade, pois o Sandplay pode acessar níveis bem regredidos da psique do paciente, níveis que se referem à primeira infância. Por ser um método pictórico, atua numa região do cérebro chamada Amígdala, situada no interior do sistema límbico, que corresponde à área emocional, onde se situa a memória olfativa, auditiva e sinestésica. Este método atua, portanto, nesta região cerebral, que é pré-verbal, isto é, ele faz aflorar conteúdos psíquicos que não podem ser verbalizados, como traumas e vivências de períodos bem primitivos da primeira infância. Então dependendo do caso, da dificuldade que o paciente possua, ele vai ter mais ou menos dificuldade com o Sandplay. Já a criança, ela ainda está muito próxima dessa vivências que no adulto se tornam primitivas, a caixa de areia em geral é um universo que eles adoram.

R: O analista Junguiano dispõe de outros meios para acessar a psique, como a análise verbal, o trabalho com sonhos, o trabalho corporal, a arte. Existem outras maneiras de se acessarem as imagens do inconsciente, não só através do Sandplay, que se constitui em um método entre muitos. Importante, sem dúvida, por facilitar a compreensão da linguagem psíquica, que se manifesta por meio de imagens, o que acelera o desenvolvimento do analisando. Porém, há que se respeitar seu poder de decisão.
Pessoalmente, vejo no Sandplay / Jogo de Areia um grande auxiliar no desenvolvimento do processo analítico. Somente através do uso do Sandplay já ocorre um processo, mesmo que a pessoa não queira verbalizar nada. Foi observando isso que Dora Kalff, criadora do método, disse que se tratava de uma metodologia e não de uma técnica terapêutica, pois notou que o processo do Sandplay nos mostra, através de imagens, como está se processando a Individuação do analisando, sendo até possível sua presença nas sessões de análise sem se expressar verbalmente, já que os cenários construídos falam por si só.
É importante salientar este fato, pois há quem considere o Sandplay uma técnica auxiliar terapêutica, o que não é verdade. Por si só, este método já desenvolve um eficiente e profundo trabalho psíquico, contribuindo para a constelação da função transcendente, para que assim o paciente atinja o desenvolvimento da sua consciência.

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